Jan 29

A partir de março, sob o pretexto de hipoteticamente criar empregos para os jovens através da carteira verde-amarela com menor salário e direitos, o governo federal vai criar sério problema no caixa da Previdência Social e ao trabalhador. Isentará as empresas de recolherem 20% do salário ao INSS. E para amenizar tal desfalque aos cofres públicos, taxará o gráfico e demais empregados que perderem o trabalho. Retirará de 7,5% a 8,14% do seguro-desemprego. Essa desobrigação patronal ao recolhimento do INSS com o trabalho na nova modalidade ainda estimulará o desemprego daqueles milhares de profissionais empregados com todos seus direitos. Isto porque ficará mais barato para folha de pagamento das empresas a substituição do emprego da carteira de trabalho azul pela verde-amarela.
Essa modalidade verde-amarela prejudicará o trabalhador por três vezes. Primeiro, porque o gráfico assim contratado ficará sem a sua contribuição previdenciária patronal, a qual é crucial para a aposentadoria. Segundo, estimulará a perda do emprego com direitos. E, por fim, perderá parte do pouco recurso do seguro-desemprego, a ser confiscado pelo governo que retira do pobre, enquanto isenta o rico patrão. "Ao invés de taxar o seguro, Bolsonaro deveria aumentar o seu valor diante do grande desemprego no Brasil, ou melhor, era para criar séria política de emprego", diz Leonardo Del Roy, presidente da Confederação Nacional dos Gráficos (Conatig).
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